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    segunda-feira, 17 de agosto de 2009

    Em Pauta: Rapelay e a questão da censura


    A história todos já conhecem. Há alguns meses atrás uma forte polêmica foi gerada devido a um game chamado Rapelay, da produtora japonesa Illusion. No game, o jogador entra na pele de um estuprador e deve "seduzir" uma mãe e as suas filhas, obrigando-as a abortar, caso contrário é jogado na linha de trem e perde o jogo. O game produzido para o mercado japonês gerou polêmica quando foi colocado a venda no site da Amazon, um dos maiores e mais conhecidos do mundo. A comercialização do game gerou reações contrárias, sobretudo de grupos feministas e outros moralistas de plantão.

    O game foi rapidamente tirado do catálogo da loja e gerou uma polêmica enorme na mídia mundial. No Brasil o jogo estava sendo comercializado por camelôs nas ruas de São Paulo. De todo jeito, a questão do Rapelay cai em dois pontos delicados, e que nada tem a ver com moral ou respeito aos direitos das mulheres. A questão nessa matéria não é discutir o que é certo e errado, mas sim analisar o problema sobre outras esferas importantes. A verdade é que a polêmica do Rapelay gira em torno de duas indústrias.

    A primeira - e óbvia - é a dos games. O problema cai na velha questão de censura e proibição de jogos com conteúdo impróprio. Entre as vitimas já tivemos nomes com Manhunt, Portal, Carmagedon, e no Brasil, até Everquest. A outra é a indústria dos eroges e conseqüentemente até mesmo a indústria dos animes como um todo, já que eroges estão ligadas as visual novels, e essas conseqüentemente aos animes. Além de que certos conteúdos são comuns aos dois. A equipe do KS resolveu opinar sobre a questão e o ponto de vista de cada um pode ser conferido logo abaixo.


    Leandro Nisishima

    Antes de tudo convém ressaltar que não tenho a mínima vontade de jogar um game como Rapelay. Sempre achei que essa questão de sexo deve ser feita quando as duas pessoas têm vontade e se sentem bem em fazê-lo, o que automaticamente me coloca no grupo das pessoas contra o estupro. O que não significa necessariamente que abomino o game Rapelay com todas as forças. Do ponto de vista pessoal acho um game péssimo, mas acho igualmente exagerado essa polêmica toda, que dificilmente gerará algum resultado concreto e acaba afetando até pessoas que não tem nada a ver com a questão.

    Confesso que antes da mídia mundial do ocidente dar atenção ao game, nunca tinha ouvido falar do Rapelay, e isso por que ele foi lançado em 2006, sendo bem antigo para os padrões atuais, sendo que a Illusion já lançou uma série de outros games adultos. De início nem dei bola para a notícia, mas com o passar do tempo a questão correu pelos quatro cantos da rede e saiu em diversos jornais do mundo e chegou até na imprensa brasileira. Em resumo, a questão se tornou séria e de grande magnitude.

    Por causa disso, resolvi procurar me informar mais sobre o "diabólico" Rapelay que tanto estavam falando, mas lendo notícias pela internet e vendo os comentários das pessoas não encontrei mais do que o básico que esperava encontrar da questão. São os típicos comentários dos moralistas de plantão, das pessoas contrárias aos games, de grupos feministas a até de pessoas preconceituosas que se aproveitaram da questão para inferiorizar os japoneses. Havia também alguns poucos comentários favoráveis aos games, mas nesse meio apenas alguns que valiam a pena serem lidos.

    Que o Rapelay mexe com questões polêmicas e imorais isso é bem verdade e expõem sem medo o lado podre do ser humano, mas não é isso que deve ser discutido aqui. Como bem disse no parágrafo anterior, só resolvi procurar sobre o game por causa de toda essa polêmica e comentários escandalosos feitos pela internet. E nessa linha de raciocínio me pergunto quantas pessoas não fizeram o mesmo? Convenhamos, antes da mídia mundial dar atenção ao game, quantas pessoas o conheciam? Estava à venda no Amazon é verdade, mas na seção reservada aos games de conteúdo adulto. A diferença é que a questão do aborto chamou a atenção. Porém pensando bem, no meio de tantos games hentai a venda no catálogo da loja, quem acharia no meio de tantos outros o Rapelay?

    Acredito que só mesmo os fanáticos por conteúdo desse tipo e que procuram se informar de tudo sobre o universo. Para as pessoas "normais" passaria despercebido. E aí jogo outra questão: Para que serviu toda essa polêmica? Com os resultados conseguidos nessa campanha infrutífera contra o game, digo apenas o seguinte, serviu como propaganda gratuita para promover o game. Depois da aparição na mídia internacional, a verdade é que a procura pelo Rapelay aumentou consideravelmente, até os camelôs de São Paulo começaram a vendê-lo nas ruas da capital. Quem não sabia do game simplesmente passou a saber por pura "osmose" (ouviu tanto que assimilou a questão).

    Eu mesmo fui vitima disso, mal sabia do Rapelay, isso por que já ouvi de vários outros jogos de péssimo conteúdo nesse estilo. Claro que o moralista de plantão vai falar que temos de alertar as pessoas para o mal de games assim. Mas aí responderia apenas dizendo que infelizmente nem todo mundo pensa da mesma forma, e se para uns é um game a ser banido, para outros (e devem ser vários) o Rapelay será sem dúvida um bom entretenimento. Expor as pessoas ao game foi o maior erro que moralistas e outros grupos desse tipo podiam cometer. Esse é o melhor exemplo de como o silêncio pode ser a melhor arma.

    A verdade é que o Rapelay foi tirado do Amazon, porém, quantas pessoas realmente compravam o game? Quem aqui realmente acha que alguém vai se dar ao trabalho de comprar algo assim, se pode baixar pela internet? Se querem saber a minha opinião, se fosse escolher entre comprar um vídeo pornô ou baixar o mesmo pela internet, escolheria a segunda opção. Nesse caso em específico, é meio constrangedor ter a cópia real dele e correr risco de ser descoberto pelos pais, namorada ou qualquer outra pessoa. E imagino que muitas pessoas pensem dessa forma. O Rapelay em sua grande maioria é baixado pela internet.

    E aí não tem lei que restrinja o acesso a esse tipo de conteúdo. Somado a isso a propaganda gratuita só serviu para atiçar a curiosidade dos potenciais amantes do gênero e de pessoas "normais" curiosas para saber o porque de tanto barulho. Claro que o grupo de moralista percebeu o erro e recorreu a censura tentando de todas as formar banir a produção do Rapelay, afinal o mal deveria ser cortado pela raiz. Ultimamente tem chovido crítica aos japoneses e denúncias de desrespeito ao direito das mulheres e coisas do tipo. O que chega ser irônico quando jogos assim estavam presentes a tanto tempo e mesmo em outros tipos de mídia isso se faz presente e não precisa nem ser necessariamente em produtos do Japão.

    A grande questão é que o Rapelay foi produzido de acordo com as leis do país, pronto para ser distribuído somente no mercado interno. O problema que o jogo passou a ser vendido on-line, num erro grotesco, embora não se saiba ao certo quem colocou o game no catálogo da Amazon. Daí surgiram os grupos moralistas exigindo que os "bárbaros" japoneses mudassem as leis do país e fizessem uma vigilância maior sobre conteúdo desse tipo. Por tabela, isso atingiu a produção de eroges e outras ramificações como os animes. Não sei ao certo por que os japoneses gostam de garotas inocentes e jovens em cenas eróticas, mas deve ter alguma coisa na maneira de pensar deles, mas que não convém discutir.

    O ponto delicado é que isso causou uma reação em cadeia. Obviamente terá efeitos devastadores na indústria como um todo e é até por isso que essas exigências dificilmente conseguirão algum sucesso. Mas o ponto é perceber que algumas produtoras como a minori e a Yuzusoft restringiram o acesso a seus respectivos sites para visitantes estrangeiros, numa atitude claramente de protesto. Ambas são produtoras de eroges, sendo que a minori é uma das mais reconhecidas no meio. A verdade é que embora os games da empresa possuam uma ou outra cena desse tipo elas se diferenciam demais de um Rapelay, por exemplo. Começa que não há estupro nos games da minori e existe um enredo bom em muitas novels deles.

    E é aí que a questão de banir e querer censurar tudo por "tabela" encontra o seu ponto fraco. O que censurar? Se o governo japonês simplesmente atendesse a exigência dos moralistas e acabasse com a produção do Rapelay e derivados, esses grupos passariam a fazer pressão e exigiriam o fim de outros gêneros que nada tinham a ver. Disso, outros gêneros de games ou mesmo animes (em especial os de violência) passariam a ser alvo de outros grupos moralistas, afinal se baniram algo cruel como a pornografia, por que não banir também a violência? Geraria uma reação em cadeia com conseqüências graves. E seria sim um ataque à liberdade de expressão. As empresas envolvidas até usam isso como argumento, mas não estariam dizendo nada de errado.

    Mas então o que fazer? Deixar tudo na mesma e permitir a proliferação de outros Rapelay? Mais ou menos isso. Censurar o Rapelay não levará a nada e esbarra em questões delicadas e que só gerarão mais confrontos. Pensem bem: estupradores existem com ou sem o Rapelay, e achar que uma pessoa pode simplesmente ser influenciada por tudo que vê pela frente é duvidar demais da capacidade nossa. Existem pessoas assim, mas um adulto com o mínimo de instrução e estudo pode definir por si próprio o que quer ver ou jogar, sem precisar de todos esses comentários escandalizados da mídia. Agora se ele escolhe o Rapelay, o julgamento é dele. Caso cometa um crime é para isso que existem as leis, e não há garantias que o game possa levar alguém a cometer um crime desses. Há muito mais no psicológico dessa pessoa, do que meramente a influência do jogo. E isso já foi comprovado pela ciência.

    E quanto às crianças? Não seria falta de responsabilidade demais dos pais jogar a responsabilidade no Rapelay? Afinal fazendo isso, os pais automaticamente tentam jogar o "corpo fora" por deixar a criança acessar esse tipo de conteúdo ou outros de cunho "duvidoso". Claro que para os pais e mesmo para o governo é mais fácil culpar coisas assim do que admitir que tenha algo de errado com eles próprios ou com o país em si. Agora, convenhamos, no Japão jogos desse tipo existem aos montes, isso sem falar na quantidade de games violentos e animes no mesmo estilo. Ainda assim é um dos países mais seguros do mundo. Enquanto muitos países de onde partiram os protestos nem sonham em ter taxas baixas como a dos japoneses...

    No fim, se ainda insistem em censurar acredito que só mesmo um controle forte do Estado sobre o conteúdo virtual traria bons resultados. Funciona bem na China, mas acho que ninguém por aqui gostaria de um governo controlando aquilo que os cidadãos acessam, seja algo "moral" ou "imoral".

    Carlírio Neto

    O caso que ocorreu recentemente envolvendo o jogo Rapelay é apenas mais um capítulo entre tantos já conhecidos, no que se refere ao combate contra aquilo é sujo e maligno. Obviamente, em uma opinião totalmente pessoal, Rapelay é um tipo de jogo dispensável, onde o considerado "errado" - no universo do jogo - na verdade aparenta ser "o certo".

    Criar mais intrigas e levar milhas à frente tal discussão não é o propósito da pessoa que está escrevendo este texto. É obvio que Rapelay não é o primeiro jogo, e nem será o último, que servirá de "carta de apresentação" para discussões em geral sobre índole, bons modos, e proibição de certas coisas com certos tipos de conteúdos.

    O Japão, lar do jogo em questão, possui "n" outros exemplos de jogos que possuem igual teor de conteúdo chamativo, e socialmente perturbador. Talvez, para os nipônicos, tal tipo de jogo não seja tão perturbador ( ressalta-se: talvez ). Entretanto, na parte ocidental do globo terrestre, Rapelay não passa de mais um triste exemplo de jogo regido pela denominada conduta inapropriada...

    Engana-se quem estiver achando que uma ocorrência como o estupro não seja considerado crime no Japão ( aliás, muito pelo contrário ). O Japão é o lar de fatores culturais belíssimos e de tecnologia de ponta. Entretanto, o citado País também é o lar de várias bizarrices e de costumes, no mínimo, curiosos...

    Jogos como Rapelay, que passam sumariamente distantes do apreço deste humilde blogueiro, servem como perfeitos "rótulos de fuga" ( ou se preferir denominar, "escudos protetores" ) para muitas pessoas. Até porque, para quem segue tal linha de raciocínio, culpar terceiros é mais fácil do que admitir um erro, ou assumir uma fraqueza pessoal.

    Exemplificar o enunciado no parágrafo acima é fácil. Basta a pessoa "a" comprar Rapelay ( o jogo em questão ), e entregar para seu rebento de dez anos jogar. Não é uma atitude bonita, muito menos louvável. Porém, se no futuro - talvez próximo - tal rebento praticar algumas das ações mostradas em Rapelay, será muito fácil culpar o jogo e não o seu pai. Uma palavra bem usada, em uma frase convicente e que tenha impacto, é mais do que suficiente para ocorrer um tipo de histeria na sociedade...

    Mas, no caso deste jogo, surgiram alguns inconformados ocidentais que fizeram "n" reclamações, repudiando o material contido em Rapelay. Para algumas empresas japonesas, isso serviu como estopim para uma ação drástica: proibir, mesmo que temporariamente ( caso da minori por exemplo ), as pessoas não-residentes no Japão de acessar os seus sites ( um tipo de ação de resposta ). Talvez hajam outras conseqüências além destas, talvez não...

    Humildemente, definir de forma resumida tudo aqui descrito como "cada um faz a própria escolha", ou como "nem tudo que vem de fora é bom", é algo simples demais. Entretanto, eu tenho a minha escolha, que é ficar longe de tal jogo ( embora não concorde com as ações tomadas de ambas as partes, ou seja, de quem repudiou o jogo e de algumas softhouses em retaliação ).

    Novidade!?

    Alberto DeCyber

    Agora vocês entendem o porquê de eu não mais ver jornais televisivos...

    É esperado que a maioria pense da minha opnião como sendo semelhante a dos demais membros do Kotatsu por uma questão de maioria de votos ou de "dar-uma-de-cara-certinho". Entretanto, para mim, isso é nada mais, nada menos, que aquela novelinha chata pra cacete que vez ou outra surge no reinado dos jogos, da mesma forma que na dos animes, RPGs, enfim, de tudo aquilo que os pais acham que tenha poder destrutivo igual a uma pedra de crack.

    Mas desta vez, não é o pé da Rockstar Games (os criadores dos GTA's e Manhunt's da vida...), nem a da ID Software (Ah, qualé!? Os caras fizeram parte da sua vida quando você instalou DOOM no seu 486!) que está sendo puxado, e sim o de uma empresa japonesa (e de mercado japonês, apenas) chamada Illusion, que tem outros jogos da mesma... A-HÉM, interatividade do RapeLay.

    E falando do jogo, eis o enredo: Um cara playboyzinho de mer** tá afim de vingança contra uma guria que ele tentou... eh... chamar pra um lanchinho (É, ele ia estuprá-la)... Mas não deu porque ele foi pego pela polícia. (É o começo do jogo, bolas!), e ele decidiu que iria lanchar com ela e as filhas pra comemorar a saída da cadeia (preciso dizer mais?). Pra ganhar o jogo, faça seu lanche direitinho (Estupre-as e convença-as a abortarem), ou você estará em paz consigo mesmo (Se "auto-servirá" de trilhos pro trem ou será esfaqueado)...

    Legal né? Nos faz pensar que o enredo de DOOM (Presente apenas no manual do jogo) é uma verdadeira obra Shakesperiana, não acham?

    Se pararmos pra pensar um pouquinho, veremos que, a nível de proibição - ou não - de jogos por aqui no Brasil é meio aleatória: Enquanto que jogos que envolvem grande violência numa dada epoca são proibidos, outros tão ou mais violentos entram de rodo. Basta ver a proibição de Duke Nukem 3D: Na época, uma cópia do jogo estava dentre as coisas de um médico que havia descarregado uma arma dentro de um cinema. E a mídia caiu em cima disso porque o 1° mapa do jogo se passa numa cidade com um cinema!

    E o mais gozado de tudo é que muitas críticas feitas do jogo ao redor do mundo foi a presença de prostitutas, coisa nunca citada em qualquer matéria nacional que "incriminasse" o jogo. E, pra arrebentar de vez, a "sequência" Duke Nukem Manhattan Project está liberada pra venda. Com sorte, a CD Expert deixou uma cópia na banca mais próxima da sua cidade por uma bagatela. Nem preciso dizer que piadinhas infames, violência gratuita (e agora em total 3-D) e mulheres em roupas sumárias que acham o "senhor ogivão" o cara infestam o jogo, não é mesmo?

    Tá, talvez os leitores achem que esta opnião saiu do foco geral, mas é mais ou menos o que aparentemente aconteceu ao RapeLay: Foi tudo "de atropelo". Afinal, a empresa já fez outros jogos que, se não tinham a mesma temática, possuíam a mesma... interatividade com o corpo virtual feminino, tal como apontado antes. E ainda sim, o jogo é mais criticado por envolver as temáticas de aborto e estupro; aparentemente ninguém parou pra pensar que o "protagonista" fora preso, ou que ele acaba se jogando na linha do trem ou esfaqueado por uma das filhas da "antagonista" em um dos "bad endings".

    Pra constar, o jogo já existe desde 2006, e o mundo todo caiu em cima do jogo só em 2009, "justamente" por ter aparecido na Amazon. E aparentemente mesmo a mais crítico e mais informado desta... A-HÉM, "causa nobre" de criticar o jogo, deve sequer saber dos demais jogos da empresa - E eu sei que eu ganharia uma graninha extra se apostasse pra valer!

    Levando em conta que o jogo só estava liberado pra venda APENAS dentro do território japonês (Aliás, não só ele: PENCAS de jogos japoneses, mesmo os doujin, só podem ser vendidos, ou se admitem que foram vendidos, dentro do território japonês. Você não baixa h-games e doujins a toa, sabia?), caso isso não tivesse ocorrido, estaríamos todos nós quietos na nossa. Talvez até mesmo esperando por Duke Nukem (wait) Forever, enquanto eu espero por Duke Nukem Kill-A-Ton... Mas daí, acharam mais legal cutucar na ferida...

    Bem, empresas que criaram jogos polêmicos como a ID Software (DOOM) e a Rockstar (Séries GTA, Manhunt e Bully) ainda hoje vivem e funcionam numa boa. Deram toda uma irritação mas ainda hoje existem. E principalmente a Rockstar, que tem um currículo bem recheado de jogos "dor-de-cabeça-dos-pais". Parece que as empresas americanas e européias nem ligam mais pras críticas. Pena que não foi a mesma atitude da Illusion,que agora restringe o acesso do site vindo de PCs não-japoneses, além de tirar o jogo da Amazon. E, seguindo a mesma linha, empresas de outros eroges, que poderiam fingir que a Illusion nem existe, tomaram a mesma atitude. Enfim, enquanto muitos nem se lixaram com o que fizeram, os japoneses aparentemente se envergonharam do acontecido. E quem paga...

    Por outro lado, o jogo (juntamente com a "coletânea" da empresa) permanece livre pra ser baixado pela net, e o RapeLay especificamente anda a venda via comércio ilegal. Fora a penca de modificações (e até mesmo traduções) para tais jogos feitas por muitos fãs (inclusive fãs de anime, como eu e você). Fatalmente todo mundo tinha - e tem - acesso ao jogo desde a época em que foi lançado, só que agora todo mundo sabe que ele existe.

    No fim das contas, tanto alarde pra piorar a situação das coisas. Parece que ninguém poderia considerar o RapeLay na mesma categoria de um filme pornô ou hentai com a interatividade de um "adventure point-and-click". E, enquanto isso, locadoras ainda possuem a seção de filmes pornográficos onde a "festança" é feita de rodo (E muitas vezes sem proteção). E as criancinhas (Que de inocentes já não tem muito - E garanto que não é devido aos jogos de PC, viu?) deixam de jogar as versões "russas" do CS só pra cair em cima do GTA San Andreas pirateado nas lan-houses - quando não tem jogo tão ou mais violento e/ou realista a disposição, como Call of Duty, DOOM, Total Overdose, Medal of Honor, Unreal Tournament... Ah, e quase todos piratas, vale lembrar...

    É, né? Quem sou eu pra discutir?


    6 comentários:

    1. Boa pergunta. Apesar da reportagem nunca joguei ele. Mas pelas imagens imagino que seja uma espécie de The Sims pornográfico.

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    2. Vendo vídeos no youtube é o que parece. A visão é em primeira pessoa. E parece ser em estágios/fases.
      en.wikipedia.org/wiki/RapeLay

      Tem maiores informações do gameplay e até a "história" do jogo (como se fosse necessária alguma...)

      E a (maior) curiosidade:
      Digitando por "Rapelay" no youtube, onde ainda tem vídeos do jogo, encontrei um site que diz ter o jogo: www.hentai-link.com

      Têm vários games do gênero lá.

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    3. Não acredito que os games chegaram a esse ponto é terrivel estrupo pedofilia e aborto isso é terrivel e depois a mesma sociedade que aceitou o game se indgna com isto na realidade.
      A partir de quando ele apoia o jogo apoia o ato LITERALMENTE ODEIO ESTE JOGO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS!

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    4. Como o único que não comentou a respeito, aproveitar aqui....

      Primeiro dizer que todos da Equipe KS não jogamos Rapelay. E não temos a menor vontade, pois também somos contrários a um jogo com essa temática.

      O que foi debatido aqui foi a consequência da exposição que o jogo trouxe aqui no ocidente. Até certo ponto exagerada e, principalmente, oportunista.

      Como foi exposto, o jogo foi criado para o mercado japonês, seu público-alvo. E está dentro da lei por lá. Portanto, os acusados tiveram o direito de se defender, como limitar o acesso de seus sites para o Japão.

      E nisso, chega-se sobre a censura no jogos (animes e outras mídias) em geral, sendo que existem coisas disponíveis a todos e que são no mesmo nível de violência e sexo que os adultos proíbem das crianças em jogarem....

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    5. ja joguei esse jogo
      apesar de todas as polemicas
      o jogo é bom

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