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    segunda-feira, 15 de junho de 2009

    Tokusatsu dos quatro cantos do Brasil...

    por Alberto DeCyber (Equipe KS)

    Insector Sun não foi o primeiro, afinal...

    Ops, parece que eu me atrasei na hora de pegar a condução de volta pra casa! Mas enfim, estamos nós em mais uma matéria especial de tokusatsu, minna-san!

    Para aqueles que não leram a matéria da edição anterior, o termo "tokusatsu" se refere a seriados feitos por pessoas e que se valem de efeitos especiais, dentre os quais explosões posicionadas, efeitos de câmera e perspectiva escalas em maquetes, uso de vestimentas especiais (Técnica conhecida como suitmation) e técnicas de ventriloquismo.

    Partindo desta idéia, os japoneses também consideram produções estrangeiras que possuam características semelhantes como "tokusatsu", tal como ocorrem nas versões dubladas para o japonês de Smallvile e MacGuyver.

    A matéria especial de duas partes do Kotatsu Shinbun se alinhará neste conceito para apontar diversas produções nacionais e internacionais que, embora sequer tenham sido influenciadas pelos tokusatsu japoneses, podem assim serem caracterizadas devido aos elementos usados em sua criação. A edição deste mês cobrirá diversas produções nacionais que se situam mais próximas do que muitos entendem de "tokusatsu".

    Senta que lá vem história!

    Os pioneiros

    Capitão Aza, o comandante e chefe das forças armadas
    infantis do Brasil das décadas de 60 e 70
    .

    Antes de cair em cima do livro de história, alguns aspectos precisam ser levados em conta nas produções ao vivo e em preto-e-branco nacionais...

    Inicialmente, o maior enfoque da produção "live-action" nacional, que remonta a meados da década de 1950 e início da década de 1960, tinha as crianças como público-alvo. E não raro, a maior parte deles seguia o esquema de "programa de auditório".

    Um exemplo disso é o Clube do Guri, um programa de rádio de 1955 e que também estava na TV Tupi como programa televisionado. Naquele tempo, os produtores da atração criam que programas de auditório atraiam as crianças para a televisão. E, como não poderia deixar de ser, o programa mostrava jovens de 5 a 18 anos, que participavam para interpretar sucessos musicais da época.

    Claro que, como programa puramente de auditório que era, não chega nem de longe na definição de tokusatsu (Nem mesmo na definição escolástica da coisa), mas foi neste esquema que outros programas, que já não lembram mais os "palcos de teatro", foram criados.

    Por exemplo, temos o Capitão Furacão, um programa da Rede Globo (pois é, a Globo já existia naqueles tempos...) entre os anos de 1965 e 1968 que apresentava Pietro Mário (o dono das vozes de Bafo em A Turma do Pateta, do velho Mestre Ancião em Cavaleiros do Zodíaco e o narrador em Yu Yu Hakusho, só pra citar alguns) como um velho lobo do mar sempre atento, mexendo o leme de seu navio, lendo cartas, organizando brincadeiras e apresentando desenhos. É considerado o avô de programas infantis da linhagem de Xou da Xuxa e Angel Mix.

    Embora os dois programas acima sejam os mais antigos, o mais conhecido e lembrado, mesmo hoje, é o Capitão Aza (sim, com o "zê" no nome). O programa da TV Tupi criado em 1966 para derrubar o Capitão Furacão da Globo apresentava o ator e policial civil Wilsom Vianna vestido com uniforme aeronáutico e o capacete com um "A" e duas asas pintados. O sucesso do programa (Apto a afundar o captão, mas não "sozinho": O programa do lobo do mar teria sofrido boicote pela própria Globo) , chega ao fim "com uma missão no espaço sideral" (Na televisão, claro) em 1979 (Isso aí, uma campanha de 13 anos), após 10 meses sem pagamento para a equipe.

    Sendo um programa infantil que era - Inclusive com a exibição de animações, seriados e um quadro especial para os talentos mirins - Capitão Aza também passava os bons hábitos para as crianças, além de saudar as forças armadas e trazendo um forte sentimento de civismo. Não bastasse também as visitas que ele fez em diversas escolas, por muitos dias de Independência chegou a desfilar na Avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro. Dizer que o Capitão Aza aqui no Brasil, a essa altura, equivaleria a entidades icônicas japonesas de Ultraman e Godzilla não seria qualquer exagero...

    A versão nacional de Vila Sésamo da década de 70.

    Apesar do dominio dos "programas de auditório" para crianças, também havia produções bastante distantes desta linhagem e mais próximas do traço de "tokusatsu" que conhecemos hoje.

    Um exemplo veterano é o programa teatrinho Trol (também conhecido por Grande Teatro Infantil Kibon e Vesperal Antártica, quando foram patrocinados pela Kibom Sorvane e Antártica, respectivamente), exibido entre 1956 e 1966 pela TV Tupi, no qual peças teatrais e literaturas eram adaptadas para a televisão. No começo, com o programa feito ao vivo, as peças eram feitas com até cinco cenários diferentes, com substituições feitas durante os comerciais. O programa também contava com efeitos especiais, como o uso de gelo-seco e bolhas de sabão.

    Já um exemplo bastante memorável (Pode perguntar a seus pais, eles devem se lembrar disso) vem de 1972, com a exibição da série educativa Vila Sésamo. A série, inicialmente dublada do original americano Sesamo Street, foi exibida pelas TV's Globo e Cutura, que fizeram uma parceria na época para obter recursos e criar uma versão nacional da série. Pode não parecer importante, mas tal fato às vezes causa uma confusão danada, como o equívoco de dizer que Vila Sésamo é e sempre foi uma produção 120% nacional.

    A versão nacional do programa data de 1973 com a exibição em ambas as emissoras, que contava com bonecos e pessoas na tão conhecida vila... Até a Globo assumir toda a produção e exibir a série sozinha em 1974, e encerrá-la em 1977 pelos altos custos.

    Apesar de termos a produção nacional do programa, nem tudo era 100% made in Brazil. Basicamente, o suitmation para o personagem Garibaldo (o grande pássaro amarelo repintado pra azul na versão nacional) e a participação de cenas com atores "comuns" era feito por estas bandas, enquanto que os quadros contendo os bonecos (Fantoches) eram do programa original. Porém, com o passar do tempo, a "fatia americana" ficava cada vez menor...

    Inclusive, em 2007, A TV Cultura conseguiu reaver os direitos sobre Vila Sésamo, o qual é exibido na emissora desde então, possuindo atuações nacionais (as cenas de Garibaldo - desta vez, amarelo - e Bel) e estrangeiras (cenas dos fantoches Elmo, Ênio e Beto, por exemplo). Teve inclusive a versão "em inglês" e com quadros não exibidos na versão "nacional" do programa.

    A primeira versão do Sítio do Pica-pau Amarelo feita pela Globo.

    Dentre as produções nacionais da época, merecem destaque as versões televisionadas do Sítio do Pica-Pau Amarelo, baseados na obra homônima do escritor Monteiro Lobato. Apesar de certas diferenças entre as produções das emissoras, todas já seguiam o esquema de "seriado".

    A primeira versão data de 1952, exibida pela TV Tupi por quase 11 anos. O programa, exibido ao vivo no Teatro Escola de São Paulo, começava com Júlio Gouveia (Um dos precursores da televisão no Brasil) abrindo o livro para contar a história e se encerrava com o mesmo fechando o livro. Esta primeira versão é notável também por ser o primeiro programa de televisão a se usar de merchandising.

    A segunda versão data de 1964, exibida pela TV Cultura e erguida pela atriz Lúcia Lambertini, que havia sido a Emília (o quê... Não sabe que este é o nome da boneca de pano mais tagarela e mais criadora de neologismos de todos os tempos!? De que lugar você veio!?). Apesar da experiência e do retorno de alguns atores da época da TV Tupi, não fez o mesmo sucesso de antes, tendo apenas seis meses de vida.

    A terceira versão data de 1967, exibida pela TV Bandeirantes e recebendo patrocínio do Bolo Pullman. O maior investimento permitiu a ampliação do cenário, que contava com um sítio de verdade. Júlio Gouveia, que também encabeçou o projeto, se sentia restrito por não ter a liberdade de não arquitetar os episódios a seu gosto, além da filmagem de video-tapes ser mais desgastante do que a atuação em teatro da época da TV Tupi.

    A quarta versão (mais conhecida também) data de 1977 e foi exibida pela Globo, tendo a parceria da TVE e do MEC. É tida como sendo a melhor adaptação da obra de Monteiro Lobato, sendo exibida em outros países e ganhando inclusive prêmios internacionais. A Globo também é responsável por uma quinta versão datada de 2001, que logo após se usar dos contos da obra de Lobato, começou a ter enredos próprios, muitos deles mesclando universos de outros contos no universo do sítio. Até mesmo samurais místicos apareceram na trama.

    Tempos modernos

    Apesar do sucesso que os seriados da época faziam, na época e ainda hoje as emissoras apostam em "programas de auditório" semelhantes aos antigos Capitão Aza e Clube do Guri. É só lembrar de programas como Xou da Xuxa e Angel Mix da Globo, ou o Band Kids da TV Bandeirantes...
    Ou as diversas reencarnações do Bom dia & Cia do SBT (E que, com fé, aposentará aquele duo insoso pra dar lugar a uma garota com cosplay da Punky. Yay!).

    Apesar disso, ainda restou fôlego para seriados pelos últimos 20 anos...

    Falando na Globo, um seriado bastante remarcável da emissora é Armação Ilimitada. Feita após o período da ditadura militar (nem preciso citar que muitos dos seriados e programas anteriormente citados sofreram pacas com censura, não é?), a série exibida nas sextas feiras entre 1985 e 1988 trazia elementos de esportes radicais e elementos sátiricos, chegando a usar de edições e cortes de vídeo, e mesmo onomatopéias na tela, tal como nos antigos seriados de Batman. Os heróis do seriado, Juba e Lula, ainda voltariam no "quase-seriado" Juba & Lula em 1989, mas que não emplacou no mesmo sucesso da série anterior.

    Ainda imerso nos seriados, vale mencionar a "valsa-quase-sem-fim-desde-1995" de Malhação. O "dorama" da Rede Globo, que já foi formulado e reformulado dezenas de vezes (de uma academia, seguida da demolição da mesma, passando pro ambiente estudantil e mesmo um "plano paralelo" situado no futuro!) sempre envolve temas recorrentes da juventude, de drogas a relacionamentos. E, mais recentemente, anda trazendo triângulos amorosos e o típico "casalzinho politicamente correto" e os personagens "do mal" que tem próprias ambições e meios nada nada "legais" de alcançá-las. Enfim, o velho "exemplo moral" mudando nossas vidas...

    Outra menção honrosa da Globo é a novela Vamp, datada de 1991. Embora criada como uma novela (inclusive passando às sete da noite e reprisada uma única vez em Vale a Pena ver de novo, para o pesar de muitos), a história dos vampiros de Armação dos Anjos atraiu muitos jovens. Inclusive, a série contava com diversos efeitos especiais e um ambiente noturno sombrio.

    Voltando à programação matinal...

    Não, isto não é loucura...
    E muito menos Esparta!


    A emissora de TV canina de 1993, TV Colosso, se valia de suitmation (para os cachorrões, como a conhecidíssima Sheep-dog Priscilla) e ventriloquismo (para os cachorros de menor e média estatura, como as infames pulgas que danificavam o sistema da TV, e o inesquecível chefe de cozinha da "emissora", que aparecia uma única vez no fim do programa apenas para ser atropelado pela cachorrada!) para mostrar um ambiente tevelisivo "do lado de dentro", mostrando os programas da TV canina (muitos sátiras de programas reais) e animações durante a semana.

    Na época de exibição de Angel Mix (adivinha quem era a "dona"...) tinha dentro de sua grade de seções pequenas "novelas". Dentre elas, Caça Talentos começou a fazer mais sucesso do que o próprio programa da "marca na perna" mais conhecida do Brasil, mas a trama prolongada demais deu tudo a perder. Agora vocês entendem o porque dos seriados japoneses não durarem mais do que 50-60 episódios...

    E falando nos japoneses, o substituto efetivo da emissora canina, Bambuluá, trazia não apenas uma espécie de seriado com vários quadros, ainda preso ao esquema da TV Colosso (e alguns dos cachorros apareceram no 1º episódio da coisa!), como também um time a-là sentai (não tinham um mecha, não podem ser um super esquadrão, capicche?) que protegia a cidade, os Cavaleiros do Futuro. Mais tokusatsu que isso (Suitmation, ventriloquismo, efeitos especiais e ainda por cima dois personagens animados em 3-D) não dá, né?

    Saindo dos verdes ares da Rede Globo, chegamos aos ares mais verdes da TV Cultura, com seus programas renomados mundo afora...

    Franquia Rá-Tim-Bum.
    Como citar a Cultura sem nem sequer apontá-los!?


    Dentre a leva de produções live-action da emissora, certamente que a mais conhecida do tempo dos escritores do KS (eu já disse que a mais conhecida dos pais dos escritores do KS é Vila Sésamo...) é a grande franquia Rá-Tim-Bum. Tão grande que é o nome de batismo do canal infantil pago da emissora, a TV Rá-Tim-Bum.

    A primeira versão do programa educativo Rá-Tim-Bum poderia ser classificado como um "tokusatsu de um tokusatsu", por mostrar a história de uma família (mais visivelmente no começo e final da atração) cujos filhos sempre sintonizavam a tela da casa no programa... Rá-Tim-Bum. Este "programa do programa" por si só seguia o esquema educativo de Vila Sésamo, ostentando bonecos e atores em quadros educativos, mas desta vez com produção 100% nacional.

    Seguindo o sucesso do programa, a Cultura ainda cria o Castelo Rá-Tim-Bum. As aventuras do garoto de 300 anos vivido pro Cássio Scapin e de três crianças que passam a visitar o antigo castelo onde ele reside trazia quadros educativos imersos no próprio universo mágico do castelo. Destaque para os apontamentos históricos da Bruxa Morgana e das lendas indígenas contadas pela Caipora no plano educativo, e do antagonista talvez mais miserável de todos os tempos (além de Shadow Moon, claro!), o Dr. Abobrinha, sempre tentando demolir o castelo pra construir um prédio de 100 andares no lugar. Quem precisa de escola com tudo isso? Ok, brincadeira...

    E, seguinte a isso, surge a Ilha Rá-Tim-Bum, com enfoque mais infanto-juvenil que os antecessores e mais direcionado ao relacionamento dos jovens presos na misteriosa ilha "em lugar nenhum". Mas que nem de longe se mostra tão memorável quanto os antecessores.

    Tá aí a origem de seriados a-là Mina e Lisa!

    Saindo um pouco dos programas infantis, a TV Cultura também possuiu um "dorama", datado de 1994, de produção independente, poucos recursos e ainda sim grande sucesso de crítica. A série Confissões de Adolescente nos trazia a história de quatro irmãs descobrindo o mundo e lidando com os problemas que surgiam com isso, desde atividades cotidianas a temas como sexo e aborto, e contando apenas com a assistência do pai, já divorciado de dois casamentos anteriores. A série ainda trazia momentos com os personagens conversando com o público a respeito de eventos do episódio. Que melhor justificativa para o nome?

    Para não se restringir apenas a produções dentro de duas gigantes (as TVs Globo e Cultura), é interessante citar alguns trabalhos de outras emissoras...


    A SBT era responsável pela versão nacional (e, por que não, "dorama"?) de Chiquititas (pois é pessoal, havia uma versão original por detrás desta). As aventuras (e mesmo desventuras) das crianças de um orfanato criada originalmente na Argentina foi um grande sucesso não só no país dos "hermanos" na exibição de 1995, como também na versão do SBT de 1997.
    Além de explorar relacionamentos mais "maduros" dos "não-tão-crianças-assim", a versão nacional também se usou de diversos efeitos para a criação das "magias" existentes no universo infantil do ambiente.

    Também nas mãos da SBT, e em parceria com a Disney, Cão Hamburger (o mesmo que fez fama com Castelo Rá-Tim-Bum) influenciou na criação da versão nacional do Disney Club. Inicialmente conhecido como TV CRUJ, a história inusitada de jovens que começam a interferir no sinal de transmissão da própria SBT e a exibir um programa pirata, sempre reivindicando por diversos problemas que os "ultra-jovens" sofriam.

    Inicialmente, a TV CRUJ nada mais era do que o velho esquema de "programa de exibição de animações", tendo como plano de fundo as reivindicações dos jovens, as desventuras contra os temidos "agentes da TV" e a entrada de outros ao grupo inicial (como a "que não era" Maluca, Ana P e Rico). Mas com o tempo (e com a "renovação" do programa em si, agora chamado Disney CRUJ), a profundidade da história dos integrantes do comitê e dos vizinhos do bairro da "transmissão pirata" se tornaram mais interessantes do que as animações em si, e até mesmo trazendo uma emissora pirata rival! Mas, por um motivo necessariamente desconhecido, o programa deixou de ser exibido em meados de 2003.

    Além do "quase-seriado" Band Kids (já que a Kira não apenas anunciava animes, também tinha uma pequena história no decorrer do programa), a Rede bandeirantes (ou a "Band", como todos conhecem) também nos proporcionou um seriado de qualidade um tanto quanto duvidosa...

    O curtíssimo seriado de As Aventuras de Tiazinha (acredito que mesmo os que já ouviram falar dela já se esqueceram. Nada de mais...) trazia o então símbolo sexual Tiazinha (Graças ao Luciano "Hulk" e o programa H, também da Band) como uma heroína futurística, num esquema de história em quadrinhos - De modos que o começo da história era desenhado em quadrinhos. Durando menos que um ano e supostamente tendo poucos episódios, dá pra imaginar no que deu...

    E daí, chegamos ao final antagônico da coisa - Com direito a buracos e talvez erros de continuações, que nem no episódio 00 de Haruhi...

    Mas... E o "hoje", fica como?

    O chefe de cozinha da TV Colosso, firme e forte no Mais Você e
    mostrando pro Louro José um pouco dos
    tempos antigos - antes de ser diariamente pisoteado, claro!

    Hoje em dia, tal como antes, e tal como antigamente, as produções ao vivo destinadas ao público infanto-infantil ainda residem em reivenções do estilo de "programa de auditório", de reivenções já anteriormente citadas de Bom Dia & Cia (além do "spin-off" Carrossel Animado) a redução de atores a meros "chamadores de desenhos", como ocorre na TV Globinho. Fora deste esquema, apenas a versão atual de Vila Sésamo da Cultura, que também exibe os programas "clássicos".

    Apesar desse "acúmulo de poeira" todo, uma notícia impactante seria o retorno da TV Colosso na grade de programação da TV Globo. Não só os bonecos e fantasias estão em bom estado (o que reduz o cu$to) como também a "insinuação" se mostra cada vez mais real, como uma entrevista com a Priscilla (a própria, em pêlo e baba de cachorro, e não aquela desconhecido(a) debaixo do pêlo!) no Video Show e a aparição recente de parte do elenco da TV canina no Mais Você.

    Dentro do plano mais "grandinho" da grade televisiva, além das novelas (poderiam considerá-las "doramas" só enquanto você está lendo isso?) e das produções humorísticas (desde Casseta e Planeta até Toma lá, Dá cá), temos Malhação na sua longa campanha de "bonzinhos versus riquinhos" que, honestamente, já deu todo o caldo que tinha que dar.

    Mas, só pra não dizer que nada novo foi criado... Não, esqueçam. Nada efetivamente novo foi criado...

    De X-Men e Heroes ao Homem-Aranha, passando por
    Jurassic Park, Underworld e Van Helsing. Quando chegar
    em Jiban, nada mais será sagrado...


    A TV do dono da Igreja Universal do Reino de Deus também possui uma fatia em produções de efeitos especiais. A novela (hoje parte da trilogia) Caminhos do Coração nos mostra diversas histórias de pessoas tornadas em mutantes no Brasil e...

    Olha, sejamos francos. A trilogia faz um amálgama de idéias já usadas, reusadas e até mesmo reconstruídas de filmes e seriados norte-americanos (com os citados acima desta explicação sendo apenas uma pequena fatia) num mecanismo de novela. Iniciando com a premissa de heroes, expandindo para "sci-fi" com a invasão de uma raça alienígena (eh... Repitilianos? Devem ser os Skarrj de Unreal - mas sem os proeminentes caninos inferiores), infestação de vampiros e até mesmo remanescentes da civilização Atlante pra depois retomar o esquema de novela nesta nova temporada...

    Muito provavelmente, há quem diga que isso é "intriga da oposição", que a novela possua premissas originais e etecéteras, mas mesmo que se force a comparação entre adaptações "não-tão-criativas", é notável a falta de pioneirismo de toda a leva anterior da matéria. É quase descarada a semelhança (pra não dizer cópia) das idéias realmente originais usadas na novela. E, segundo boatos, até mesmo Madobargo do seriado japonês Jiban (Sabe aquele monstro ciborgue com voz de mulher que tirava a espada do antebraço e que detonou Jiban num confronto covarde de 3 contra 1, incluindo arrancar fora o braço esquero do policial de aço japonês?) seria adicionada nesta nova fase. É pouco ou quer mais?



    Minha nossa, minna-san! A viagem foi grande, e isso não era nem a metade!
    Mas enfim, esta "viagem ao longo do tempo" do trabalho mais próximo do "tokusatsu" dentro do país se encerra. Como se sabe, ainda há outros seriados mais ou menos relevantes exibidos e produzidos na nossa terra, sem contar em todas as outras coisas que foram diretamente influenciadas pelo tokusatsu japonês ao redor do mundo...

    Bem, como de praxe, o Google é seu companheiro na busca de mais produções nacionais, ainda que a maioria esteja menos alinhada ao esquema de "seriado"... Já a respeito do que foi feito fora do Brasil e do Japão já é história pra outra matéria...

    Então, continuamos na próxima matéria, minna-san!

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