• Breaking News

    segunda-feira, 15 de junho de 2009

    Em Pauta: Preconceito Otaku

    Pode parecer um assunto banal e ultrapassado, mas o preconceito otaku que será tratado nas próximas linhas nada tem a ver com a velha discussão dos motivos que levam as pessoas "normais" a odiarem tanto os animes, e nem questões relacionadas a outros falsos preceitos como a idéia de que animes são violentos, infantis, pornográficos, entre outros.

    A discussão em pauta dessa vez considera apenas o universo otaku e desconsidera qualquer opinião vinda do grupo de fora. A intenção da discussão é argumentar em relação ao próprio preconceito que existe entre os subgrupos do universo otaku, que não possui nenhuma manifestação a altura em outras indústrias.

    Cada membro do "KS" abordou um ponto em específico dentro do quadro das complexas relações existentes na indústria como um todo.

    Leandro Nisishima


    Velha ordem X Nova ordem?
    Não! Essa batalha gera muitas outras...

    Diferente de outras indústrias como a dos jogos e cinemas, a desunião sempre imperou na indústria dos animes (de forma muito maior). E essa relação de preconceito tem ficado cada vez mais forte com o passar dos anos, ao invés de diminuir, como seria o movimento natural e esperado. A própria diversificação da indústria contribui um pouco para esse quadro, pois atiça a fúria dos grupos mais conservadores, e que cresceram na época de Gundam, Macross, Sailor Moon, Saint Seiya, Dragon Ball, entre outros, a qual consideram como a época de ouro e vêem o movimento "moe" recente de forma suspeita.

    E o preconceito desse grupo das antigas em relação ao mais novo gera preconceito nesse segundo, pois nenhum dos dois entende ou tenta entender o ponto de vista do outro. Sinceramente, esse negócio de época de ouro nunca existiu em lugar algum. É tão falsa quanto a idéia dos saudosistas que vivem fantasiando a época de ouro do Super Nintendo e Mega Drive (quando na verdade a era do PS2, Game Cube e XBox gerou muito mais lucro e bons jogos), ou dos fãs de F-1 que criticam os pilotos atuais por apenas ganharem campeonatos quando tem em mãos um bom carro (quando sabemos que antigamente nenhum piloto de equipe pequena também ganhava um campeonato), entre outros.

    O que existe são tendências e comportamentos diferentes que variam de época para época. No caso da indústria dos animes, a moda segue o padrão atual do povo japonês, e aquilo que eles consideram como "pop". Nessa onda recente, a moda é o "kawaii", como pode ser conferido em qualquer ramificação da indústria de entretenimento do Japão. As próprias novas embaixadoras culturais exibem essa tendência ao "moe", "lolita" e "colegial", que imperam nas fantasias dos japoneses e que também fascina os estrangeiros.

    Por isso não é de se estranhar que hoje em dia surjam tantos animes com esse apelo, pois simplesmente estão seguindo os estímulos da época e do seu povo (ou queriam que os animes japoneses simplesmente fossem cópias baratas dos filmes de Hollywood?). Quase ninguém da nova geração quer mais ver personagens ao estilo dos antigos, que contrariando os saudosistas, também possuíam as suas próprias situações e personalidades clichês (eles sempre tinham um único sonho, eram focados nesse objetivo, tinham personalidade explosiva e egoísta, entre outros). A moda é o "moe", que sempre esteve presente no imaginário japonês. Um japonês diferente de um americano ou um brasileiro, não considera personagens "kawaii" como sendo infantis e de simpatia de pessoas homossexuais (no caso dos homens), mas sim como simpáticas.

    Essa única diferença nos permite entender a atual indústria pop dos animes. Claro que isso gera as suas próprias contradições e problemas. Não só o preconceito por parte dos grupos conservadores, ou o ar de superioridade dos "partidários" dessa nova ordem, mas todo um conjunto de complexas consequências da qual fica difícil de tratar nessa pequena seção. O apelo e preferência pelo moe têm levado a indústria a produzir séries como Kodomo no Jikan e eroges bem ao estilo desse último. Talvez na visão dos próprios japoneses isso não faça diferença, mas em termos mundiais é obviamente estranho e mal visto, e que de certa forma, se aproveitam do movimento atual. Nesse ponto a euforia dos conservadores ganha algum sentido, embora na maioria dos casos esse exemplo sirva apenas para generalizar o movimento moe como um todo.

    E junto desse movimento surgiu também no ocidente a odiada separação entre os "normais" e os "otakus" no sentido preconceituoso do termo (isso existe no Japão também, mas de forma um pouco diferente e que não é assunto dessa discussão). Os primeiros se auto definem como aqueles que só assistem animes de qualidade e com conteúdo (coincidentemente os mais populares também). São os que se acham os intelectuais da indústria. O segundo grupo é aquele, que segundo eles é formado por fãs mais hardcores que gostam de conteúdo relacionado a termos estritamente surgidos com a indústria atual, da qual o moe, as lolitas, as tsunderes, o fanservice, entre outros fazem parte. A discordância dos dois grupos sempre leva as discussões nos fóruns para algo mais acalorado do que deveria ser. E não precisar nem ser em fóruns, na verdade casos assim acontecem várias vezes mesmo em eventos de anime no Brasil.

    No fim, sabemos que tudo não passa de falsas fantasias dos dois grupos. Séries de conteúdo mais sério podem igualmente conter personagens clichês e histórias fracas, mas que são disfarçadas sobre um fundo e ambientação de aparente qualidade, enquanto os chamados títulos "otaku" por esse primeiro grupo podem surpreender e alcançar algo mesmo se utilizando de estereótipos como o "moe", "tsundere", "loli", entre outros. A verdade é que ao invés de ficar mirando num desses dois grupos ou toda sorte de características e problemas que isso gere, o melhor seria analisar a qualidade dos títulos sem estar restrito a essa divisão.

    Parte do preconceito surgido contra os animes de "otaku" tem até como ponto de partida a resistência de determinados grupos mais conservadores, que nunca aceitaram a invasão do "moe" e resolveram rotular isso como séries de apelo "otaku" (afinal o termo por si só gera um afastamento tremendo) apenas para impedir o avanço dessa nova tendência. Como sabemos, os esforços desse último grupo são tão frutíferos quanto infrutíferos. Da mesma forma que afastam algumas pessoas desse tipo de material, ajudam a aproximar, já que a tendência dos conservadores é limitar a indústria apenas a gêneros populares de outras épocas e as vezes dessa, e que quando esbarram na barreira da pouca diversidade, jogam as pessoas ao lado hardcore do negócio.

    Afinal, tudo isso representa a indústria dos animes, e se pegarmos a temporada de abril, veremos que há uma divisão igual entre os títulos "normais" (séries infantis + títulos "sérios") e do universo otaku (material provindo de visual novels, light novels e mangás com "moe", "loli", entre outros). Aliás, essa redução de visual novels e light novels como um fenômeno estritamente otaku é outro erro de puro preconceito. Há um bom material nesse tipo de história e que está mais relacionado a cultura popular dos dias atuais e a transformação da indústria (inclusive 90% do mercado de jogos para PC é dominado por visual novels), do que a algo totalmente restrito a um só grupo em específico, e a presença disso tudo até ajuda a indústria a ter a diversidade que durante tantos anos permitiu a sua sobrevivência.

    No fim, os dois lados têm um peso parecido na indústria como um todo, e é no mínimo ridículo desejar que um deles desapareça, pois seria de grande perda para a indústria como um todo. A realidade atual necessita disso para sobreviver, de modo que o preconceito contra um ou outro não levará a lugar algum. Obviamente problemas surgiram com a chegada dessas mudanças, mas são problemas que todas as indústrias do entretenimento sofrem com a chegada de inovações.

    A questão não é inferiorizar um ou outro como vários grupos ou subgrupos fazem, mas sim chegar a uma conclusão do que poderia ser feito. No fim o termo otaku vale para todos, pelo menos no sentido ocidental que a palavra originalmente adquiriu, mas que é tanto usada como instrumento de orgulho, como também uma arma em nome do preconceito. E de qualquer forma, mesmo quem gosta de assistir animes de um modo geral e procura se atualizar no assunto deveria ser respeitado, pois o fato dele procurar por novidades não o faz um otaku aos moldes dos fanáticos que não fazem nada além de assistir e ler mangás. São duas situações diferentes que infelizmente são generalizadas pelas pessoas do Brasil, do próprio Japão e do resto do mundo.

    Carlírio Neto

    E desde quando garotos não podem assistir à animes mais sentimentais!?
    Acima, imagem do anime Sister Princess Re Pure: Characters.


    Entre os próprios otakus existe uma espécie de crença que mais assemelha-se à uma discussão entre duas crianças: garoto assiste/lê shounen, e garota assiste/lê shoujo. As divisões shounen e shoujo sempre existiram na indústria do entretenimento japonês, ligação íntima feita aos mangás e animes.

    As estórias tipo shounen costumam apresentar características como muitas lutas, guerras pelo poder, temas sociais mais atuais, várias garotas que correm atrás de um mesmo garoto, e assim seguindo-se. Por sua vez, as estórias tipo shoujo costumam apresentar temas mais sentimentais, namoros, lições de vida, havendo até espaço para super-poderes e lutas ( que são apresentadas de uma forma muito diferente à de um título shounen ).

    Mas tal estigma da diferenciação entre os títulos alastra-se de forma preconceituosa dentro da comunidade otaku. Isso não se restringe apenas ao Brasil ( onde é bem perceptível o caso ) ou ao Japão ( lar destas obras, e palco de muitas discussões à respeito ), mas está presente em todo e qualquer lugar.

    Partindo de um ponto de vista mais pessoal, este blogueiro que escreve no momento estas palavras sabe bem do que se trata o dito preconceito entre os otakus. Quando vem à mente falar sobre animes como Kanon2006, True Tears e Sister Princess, a tendência é de que alguém no meio da conversa chegue e jogue os meus ideais ladeira abaixo. Geralmente, alguém que só assiste à títulos como One Piece e Naruto.

    Um detalhe curioso é que minha pessoa assiste aos animes mais consagrados, como os dois últimos títulos citados no parágrafo acima. Mas a preferência pessoal está nos animes que abusam do drama e do emocional, que em grande parte estão inclusos dentro do chamado universo shoujo. E por conta disso, ser vítima de certos termos aplicados à quem aprecia animes de características já citadas tornou-se uma constante...

    Obviamente, os traços culturais tendem à ditar as regras neste caso e, para fortalecer o processo, os títulos que desembarcam na América Latina como um todo são, em sua maioria absoluta, do tipo shounen. Se fosse para considerar isso como um tipo de guerra, esta seria totalmente injusta e desproporcional, tamanha seria a diferença de efetivo e de forças...

    Entretanto, a real intenção neste texto não é a de intensificar o dito processo de preconceito otaku, mas sim de tentar mostrar o como que ele ocorre. E de mostrar que o mesmo não tem motivos de existir, por ser banal e totalmente desnecessário.

    Títulos de grande naipe existem tanto no universo shounen, como também no universo shoujo. Distingui-los como sendo bons ou ruins apenas pelos gêneros de suas estórias, ou pelo direcionamento de público, acaba se tornando um grave erro. Para quem adere à este ideal, só resta lamentar...

    Alberto DeCyber

    Jasmine e Umeko, de Tokusou Sentai Dekaranger... em desenho!?

    Decerto que o "mundinho Otaku nosso" é cheio de defeitos, mas certamente que o conflito entre os diversos nichos formados de acordo com a preferência a um determinado ramo do entreterimento vindo do Japão é a eterna "unha encravada". E não me refiro a velha discussão entre pais e filhos a respeito do binômio "sexo e violência" pelo qual os animes ficaram conhecidos (ou melhor, foram assim impregnados) desde longa data...

    Embora a diversidade natural de gêneros e estilos deixam o universo dos animes sempre "fresquinho" que nem pão saído na hora da padaria, no fim acaba influindo na criação de diversos nichos de fãs que acabam apegados a um certo estilo de animação e que, não raro, costuma degradar demais gêneros não relacionados ao nicho em que se encontram.

    Existe uma bela gama de "coisas que não se misturam" nesse meio, como:
    - O "público fixo" de Shounen (Naruto, Bleach, One Piece) para garotos e Shoujo (Cardcaptor Sakura, Magic Knight Rayearth, X) para meninas. Para muitos, é quase inadmissível um rapaz ler shoujos (principalmente se ocorrerem elementos de yaoi no mesmo) ou uma menina ler shonens. Claro que não chega a ser demasiado, mas acontece...
    -
    Os titânicos e quase indestrutíveis Super Robots (Tetsujin 28-Go, Mazinger Z, GaoGaiGar, Godannar) e os estratégicos Real Robots (A "Valsa sem fim" de Gundan);
    - Animes de histórias em universos reais e tendo um mínimo de "ficção" (Monster, School Days, Higurashi) e animes mais focados em universos irreais, mesmo quando imersos na própria Terra (Skullman, Tenchi Muyo, El Hazard)

    E por aí se segue. A lista é enorme e chega até mesmo a se estreitar em campos de animes isolados em relação a outros (como o "Haruhism", que por si só é um "fechamento da visão ampla" no que diz respeito ao desprezo de demais obras feitas pela mesma empresa, a Kyoto Animation, pela gigantesca maioria dos apreciadores de Suzumiya Haruhi no Yuutsu). De modos que eu não me espantaria se houvesse quem apontasse Berserk e Claymore, apesar do monte de semelhanças (A locação numa época semelhante a Idade Média, a espada massiva e alguém que cause O estrago com ela nem foram as primeiras...), como "mais um pra lista"...

    Saindo dos conflitos dentro do universo da animação (Que por si só são muitos e necessitariam de umas três ou quatro matérias adicionais pra chegar num consenso - Ou na completa falta dele), é interessante notar que esta é apenas a "linha de combate" do meio dos animes. Ainda há mais pela frente dentro do entreterimento oriundo do Japão como um todo. Ainda não viram tudo...

    De saída, temos o grande palco daqueles que discutem a superioridade dos animes em relação aos tokusatsus num nivelamento genérico. Os auto-nominados "fãs" (E mesmo os fãs mesmo) geralmente atribuem a "falha épica" do tokusatsu aos (d)efeitos especiais usados, desde o uso de maquetes (Tanto para as cidades quanto para os robôs gigantes durante o processo de união ou enquanto os veículos-base atuam separadamente) a estranhos efeitos de câmera, bastante visíveis nos seriados mais antigos e principalmente daqueles que foram exibidos no Brasil. Estes pontos, por vezes referidos como "tosco" por tais pessoas, acabam por mera e simplesmente denegrindo a imagem do tokusatsu na visão de muitos.

    Curiosamente, entretanto, a relação se mostra mais unilateral do que nos diversos casos acima apontados, já que os fãs de tokusatsu ocasionalmente gostam dos mais diversos tipos de animes. É perda de tempo tentar achar um tokufã que definitivamente não goste de nenhum tipo de anime. Mesmo assim, tais fãs podem mera e simplesmente se reduzir as richas entre os nichos anteriormente apontados. Porém, quando envoltos na discussão entre anime vs tokusatsu, o gênero de efeitos especiais será grandemente defendido, sem dúvidas!

    Mas mesmo dentre os tokufãs surge a velha repetição de discussão entre gêneros. Para aqueles que leram a matéria anterior do Kotatsu Shinbum, diversidade dentre tais seriados não falta, e mesmo para uma mesma ramificação de estilo, temos subdivisões a serem consideradas.

    Por fim, como se já não bastasse essa conflitada num copo d'água a toa, ainda decorre a maior pedra no sapato, a discussão entre aqueles que se consideram fãs do tokusatsu dito original (Feito no Japão pela Toei, Tsubuyura, Toho...) e aqueles que se consideram fãs das versões adaptadas (Power Rangers, Masked Riders e SuperHuman Samurai Syber Squad), que ocasionalmente se encontram em discussões épicas. E não raro, o nivelamento da discussão é mais repreensivo de um gênero a algo proveitoso...

    No fim das contas, a gigantesca parte da discussão de "superioridade" entre animes e tokusatsu, ou mesmo entre tokusatsus originais e versões adaptadas, é gravemente prejudicada principalmente pela ignorância (ou teimosia) entre os que discutem tal assunto.

    De saída, admitir que um lado é "melhor" do que o outro é uma indicação, no mínimo, ridícula. Ambos os modos de entreterimento podem ser bons ou ruins, tudo dependendo da idéia, da execução e de diversos fatores - Incluindo verbas. No fim, tratam-se de fatores que afetam igualmente animes e tokusatsus.

    Afinal, temos montes de animes que, mesmo tendo belos traços e boa premissa, acabam sofrendo durante a execução do enredo, coerência da história e mesmo cortes MASSIVOS nas verbas da animação (Só com cortes nas verbas pra Evangelion ter cenas completamente sem sentido de frames parados por minutos a fio). Da mesma forma que existem animes de traço mais simplificado e que possuem uma história bem desenvolvida. Da mesma forma, e apesar da divisão mais "sólida" dos sub-gêneros do tokusatsu, ocorrem diversos seriados com aparência mais simples e uma história mais leve, como também gêneros mais sérios.

    Como exemplos ocorentes no universo dos efeitos especiais, temos Choujin Sentai Jetman (Esta série seria usada para a primeira adaptação de Power Rangers...), aclamado como sendo um dos três melhores seriados de super sentai (Ao lado de Dairanger e Dekaranger) devido ao enredo mais maduro e focalizado no relacionamento conflitante entre os próprios membros do grupo, embora o design das criaturas seja considerado infantil ou mesmo ridículo por muitos. Ao passo que Gekisou Sentai Carranger (O seriado original usado como base para Power Rangers Turbo) , embora possua um design bastante interessante dos mechas, é por vezes considerado mais como uma paródia do próprio gênero do que uma série de super sentai. Enfim, é algo que a diversidade nos proporciona.

    Já quanto as versões adaptadas, mesmo dentre os "fãs de carteirinha" de tokusatsu há quem admita uma boa elaboração dentre as adaptações, como a "valsa-quase-sem-fim" da primeira "saga" de Mighty Morphy Power Rangers, estendendo-se desde Mighty Morphy (que basicamente foi construído com Zyuranger, Dairanger e Kakuranger) até "Power Rangers in Space" (Que usou de cenas de Megaranger). E mesmo adaptações que mal sofreram mudanças totais no enredo, como Super Human Samurai Syber Squad. O enredo do original, Denkou Choujin Gridman, e da adaptação são quase idênticos.

    Enfim e afins, muito da discussão entre esses grandes "nichos" envolve fatores que um lado geralmente não entende (ou não aceita), o que não implica que isso venha a tornar tal entreterimento "inferior". E os fatores que podem a vir a influenciar em sucesso ou fracasso de muitas histórias (animadas ou em atuação ao vivo) afetam diversos outros meios de entreterimento no geral. Não se trata de algo saudavelmente discutível no ponto de vista de pessoas que comumente conhecem apenas um pouco das coisas da outra área. Então, vamos nos sentar, conversar e - Por que não - assistir aos remakes de Munto e Kamen Rider THE FIRST nesse meio tempo e ver se as coisas são tão mal pintadas como se diz por aí.

    4 comentários:

    1. Por isso que eu sigo a lógica de assistir o que é legal, independente do que for (ok, tem algumas exceções).

      Sobre a questão do moe, kawaii, lolicon, minha opnião é que existe uma linha tênua entre o que eu assisto e o que eu dispenso. É óbvio que Lucky Star e K-ON! são animes feitos para um determinado público, com cenas, estilo de traço e enredo para um determinado público, mas nem por isso deixam de serem bons para outras pessoas. Mas quando se pega um Kodomo no Jikan, a linha é transpassada e as coisas ficam diferente. Não é mais questão de moe ou kawaii, mas de sexualização de crianças, o que eu abomino e prefiro ficar longe.

      Esse lance de shounen x shoujo, pelo menos aqui no Brasil, ok, no ocidente, vem principalmente pela figura que é construída em cima do que é ser homem. Você ver uma garota vendo shounen é bem mais fácil do que um garoto fã de shoujo assumido, pois existe essa barreira cultural quanto a masculinidade, resumida como virilidade a qualquer custo.

      Sobre tokusatsu eu não posso falar muito já que só conheço os Power Rangers e Black Kamen Rider (que era ótimo, queria rever!).

      O Japão é um país com muitas bizarrices, isso é um fato, e as animações que viriam de lá não iriam fugir do seu contexto. Preconceito é algo ruim, mas acredito que cada pessoa deve saber o que consegue/gosta de assistir. Com exceção de coisas como Kodomo no Jikan, a questão não está em não consumir ou gostar, mas em inferiorizar os outros pelo gosto diferente, isso realmente um absurdo.

      ResponderExcluir
    2. Essa matéria serve como pano de fundo para uma longa discussão.
      Eu sei como é isso: eu sou bem eclético quanto aos estilos de anime que eu assisto: dos que me interessam e acabo assistindo, dificilmente odeio pra valer algum.
      Mas muitos conhecidos meus já são bem mais, digamos, chatos pra escolher, e não engolem qualquer coisa.
      Sem contar os outros amigos meus que nem gostam de anime: alguns até respeitam, mas já tive que lidar com o preconceito de muita gente.

      ResponderExcluir
    3. Pensando bem, eu só vejo shoujo(é por acaso, não pego a lista de shoujo e escolho um...), e sou homem! argh. Robôs eu nunca engoli...
      Acho que esse negócio não é tão sério a ponto de escrever um textão. Pelo menos pra mim..

      ResponderExcluir
    4. Pensando bem, eu só vejo shoujo(é por acaso, não pego a lista de shoujo e escolho um...), e sou homem! argh. Robôs eu nunca engoli...[2]

      ResponderExcluir

    Fashion

    Beauty

    Culture